terça-feira, 16 de julho de 2013

Intuição, essa coisa...

Sera que a intuição e' apenas uma forma do nosso inconsciente deitar cá para fora a Maya que existe dentro dele? Ou teremos nos um potencial totalmente inexplorado que nos facilitaria bastante a vida, principalmente a ajudar-nos a evitar situações altamente prejudiciais?
Andaremos nos a calar a nossa intuição por gostarmos demasiado de jogar na roleta dos relacionamentos amorosos, mesmo sabendo que a probabilidade da nossa aposta ser a vencedora ser praticamente nula?

Neste sábado passado fui convidado para ir ao Largo de S. Carlos ver a opera Candide de Bernstein.
Não contava era ser convidado por uma pessoa que conhecia há já 8 anos, que via uma vez por ano durante escassos minutos e que odiava de morte.
Contava ainda menos ter aceite, ter passado horas na conversa, trocado mimos e caricias durante a opera, e despedido-me com um beijo nos lábios.

Poderá uma pessoa mudar por completo? Poderemos nos descobrir que toda a amargura que carregamos durante quase uma década não tinha afinal fundamento? Ou mesmo que tivesse a pessoa que agora temos 'a nossa frente e' diferente e merece que não a julguemos indefinidamente por algo que aconteceu há tantos milhares de dias atrás?

A minha intuição estava praticamente a entrar em parafuso! Gritava tanto, mas tanto, que pensei que fosse ter um esgotamento nervoso, ou uma crise de desmaios histéricos. Que ele continuava igual, que era um galante profissional, que o ar tímido era apenas um papel que ele desempenhava, que ele continuava a mesma porcaria que eu estava convencido que ele era, que eu devia estar completamente fragilizado emocionalmente e extremamente necessitado de carinho para estar agarrado a ele ali em publico [a intuição não tem papas na língua], que ele só queria arrastar-me para casa dele para fornicar!

No fim da opera fomos dar uma volta.
Ele não me convidou para ir para casa dele para termos sexo.
Uma parte de mim ficou desiludida.
Outra soletrou um 'Tas a Ver' dirigido 'a minha intuição!
Antes de se despedir disse-me que tinha o ex-namorado a dormir em casa dele.

..........

Meti-me no comboio e ignorei o ar sarcástico da minha intuição!

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